terça-feira, 11 de dezembro de 2012

ECONOMIA: Brasil : fragilidades à mostra

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Não resta dúvida de que o Brasil padece dos efeitos externos sobre a sua economia. Todavia, considerando-se que o nosso país é relativamente fechado em termos de comércio externo (baixa participação das exportações+importações no PIB), os problemas de crescimento brasileiros estão muito mais ligados com a gestão interna da política econômica. Como aspecto mais relevante, temos a constatação de que a taxa de investimento está baixa, muito aquém daquela que seria necessária para nos colocar numa classificação segura de "país emergente". Ademais, os investimentos públicos são baixos e ineficientemente administrados - o PAC é um fracasso de gestão. O último fato a justificar a debilidade dos problemas relacionados com a taxa de investimento é a fraca articulação do setor governo com o privado. Os objetivos de cada um não são harmonizados por negociações. Ao contrário, o governo toca a coisa pela via da intervenção, como se ele fosse dotado da "última razão" em matérias que merecem atenção e cuidado. Vide a crise do setor elétrico, esta que veio para ficar. Aqui e ali (veja o caso da influente revista The Economist) já despontam vozes contra a política econômica e o ministro da Fazenda Guido Mantega. Esta é apenas a ponta do iceberg. Afinal, é a presidente que tem autoridade e gosto especialíssimo em mandar e desmandar na política econômica. É a presidente que tem a legitimidade política para tal e será ela a ser avaliada pelas urnas. Todavia, até lá o crescimento deve continuar na toada da letargia, como os agentes esperando algo que não sabem bem ao certo o que é.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |