Do ESTADAO.COM.BR
Fernanda Nunes, da Agência Estado
Analistas projetavam alta de 0,30% a 1,70%; até junho, a produção da indústria nacional acumula quedas de 3,8% no ano
RIO - A produção industrial brasileira cresceu 0,2% em junho ante maio, na
série com ajuste sazonal, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Na comparação com junho de 2011, a atividade da indústria
recuou 5,5%.
Em ambos os casos, o resultado da atividade da indústria ficou mais fraco que
o esperado. Levantamento do AE Projeções projetava alta de 0,30% a 1,70%, com
mediana de positiva de 0,80%, na comparação com maio, e queda de 3,20% a 5,30%,
com mediana negativa de 4,50%, em relação a um ano antes.
Até junho, a produção da indústria nacional acumula quedas de 3,8% no ano e
de 2,3% nos últimos 12 meses.
O setor de bens de capital produziu 1,4% mais em junho, comparado a maio,
porém apresentou queda na comparação com junho de 2011 (-15,3%). Em 12 meses, o
setor registrou queda de 5,5% e, no ano, de 12,5%.
O IBGE destacou que, na comparação com maio, o avanço mais acentuado foi
observado em bens de consumo duráveis, de 4,8%, eliminando a perda de 2,5%
acumulada no período de março a maio de 2012. O setor produtor de bens de
consumo semi e não duráveis também mostrou taxa positiva em junho, de 1,8%,
interrompendo três meses de queda que acumularam perda de 5,3%. O setor de bens
de capital recuperou parte do recuo de 1,8% registrado no mês anterior. Em
contrapartida, bens intermediários, com queda de 0,9% ante maio, apontou o
quarto resultado negativo consecutivo.
Greve não prejudica pesquisa
A greve dos funcionários públicos não prejudicou a realização da Pesquisa
Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF).
Para a pesquisa de junho, a média de entrevistados que não respondeu a
pesquisa foi de 4,4%, inferior aos 4,9% registrados em maio. Em abril, a taxa
foi de 3,3%. "Não há nenhum tipo de complicação para o dado final da pesquisa",
afirmou o gerente da Coordenação da Indústria do IBGE, André Macedo,
complementando que o trabalho considera a média histórica das estatísticas para
garantir a confiabilidade do resultado.
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