De OGLOBO.COM.BR
Na Europa, incertezas sobre a Grécia continuam pesando sobre os mercados
SÃO PAULO - Após a forte alta dos últimos dias, provocada pelos temores com a
Grécia, o dólar inicia os negócios desta quarta-feira em queda. Por volta de
9h45m, a moeda americana se desvalorizava 0,54% cotada a R$ 1,9910 ne venda e R$
1,9890 na compra. Na terça, a divisa americana fechou no patamar de R$ 2, o
maior desde julho de 2009. O Iboevspa, principal índice da Bolsa de Valores de
São Paulo (Bovespa) iniciou o pregão em recuperação. Por volta de 10h06m, o
índice subia 1,66% aos 57.172 pontos, retomando o patamar dos 57 mil pontos.
Na Europa, as Bolsas voltam a apresentar perdas ainda com a incerteza sobre o
futuro da Grécia. O país anunciou que vai realizar novas eleições em 17 de junho
e nomeou o juiz Panagiotis Pikramenos como chefe do governo interino. O que pesa
agora sobre os pregões é a desconfiança de que muita gente esteja retirando
dinheiro dos bancos gregos, com medo que o país deixe a zona do euro e adote
moeda própria.
O presidente do Banco Central da Grécia, George Provopoulos revelou que na
segunda-feirahouve a retirada de 700 milhões de euros dos bancos locais do país.
Nos últimos dois anos, a média mensal de retiradas ficou entre 2 bilhões de
euros e 3 bilhões de euros. Em janeiro deste ano, as retiradas atingiram a marca
de 5 bilhões de euros.
O Banco Central Europeu informou que vai continuar ajudando os bancos gregos
a ter liquidez, o que acalmou um pouco os investidores e provocou a recuperação
dos papéis de bancos, que vinham caindo com força. A decisão vai na contramão do
que o BCE vinha fazendo. A instituição tem recusado pedido de ajuda de outros
bancos com problemas na região.
As Bolsas da Ásia voltaram a fechar em queda ainda com preocupações em
relação à Grécia. Na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 3,2%. Na China,
o índice Xangai Composto recuou 1,2%, enquanto o índice Shenzhen Composto caiu
1,4% puxado por ações de bancos. No Japão, o índice Nikkei teve o seu pior
fechamento em três meses e meio e encerrou com baixa de
1,1%.
Comentários:
Postar um comentário