Do UOL, em São Paulo
O dólar comercial fechou em queda de 0,67% nesta quarta-feira (12), cotado a R$ 3,474 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana tinha subido 1,6%.
Contexto brasileiro
Na véspera, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota de crédito do Brasil para o último degrau do chamado "grau de investimento", mas atribuiu perspectiva "estável". Isso significa que o país não deve perder sua classificação de bom pagador no curto prazo.
O novo grau iguala-se à classificação da Standard & Poor's. A S&P, no entanto, atribui perspectiva "negativa" à nota, o que gerou apostas de que a Moody's faria o mesmo ou poderia até mesmo rebaixar o país diretamente para o chamado grau especulativo, que indica risco de calote.
"Boa parte do mercado já esperava que a Moody's rebaixasse o Brasil, mas a maioria imaginava que a perspectiva seria 'negativa'", disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca, à agência de notícias Reuters.
Apesar de certo "alívio" com a notícia, os investidores continuavam preocupados com o cenário político.
"O mercado está bem cauteloso, ainda. Toda vez que (o dólar) cair bastante, o mercado vai aproveitar e comprar um pouco", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado à Reuters.
Atuações do BC
O Banco Central continuou a rolar os contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em setembro, vendendo a oferta total de até 11 mil contratos.
Ao todo, o BC já rolou US$ 3,304 bilhões, ou cerca de 33% do total de US$ 10,027 bilhões. Se continuar nesse ritmo, vai recolocar todo o lote.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Cenário internacional
Nesta sessão, predominava a interpretação de que a alta do dólar pode prejudicar a recuperação da economia dos EUA, levando o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) a pensar duas vezes antes de elevar os juros por lá no mês que vem.
A alta dos juros nos EUA preocupa investidores, porque poderia atrair para lá recursos atualmente investidos em países como o Brasil.
(Com Reuters)
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