Por ELIANE CANTANHÊDE - FOLHA.COM
Sem exagero, o debate do segundo turno desta quinta-feira foi um debate histórico, desses que a gente vai estar comentando em cinco, dez anos. Os dois candidatos muito agressivos, com ataques do início ao fim, mas ambos com respostas na ponta da língua e tiradas televisivas.
Dilma teve o trunfo dela, com o "furo" da Folha, no meio do debate, sobre a afirmação do delator da Petrobras de que o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (que já morreu), ganhou propina para esvaziar uma CPI da Petrobras de anos atrás.
No frigir dos ovos, dá para dizer que Aécio e Dilma saem feridos, mas saem vivos.
O mais importante é saber qual o percentual de indecisos ou de votos nulos e em branco que assistiram. Segundo a última pesquisa Datafolha, eles somam 12% do eleitorado.
Aécio e Dilma falaram para eleitores qualificados e, provavelmente, já definidos, tendo o cuidado de não perder votos. Mas, além de não perder, eles precisam ganhar. Ganharam?
Eliane Cantanhêde, jornalista, é colunista da Página 2 da versão impressa daFolha, onde escreve às terças, quintas, sextas e domingos. É também comentarista do telejornal 'GloboNews em Pauta' e da Rádio Metrópole da Bahia.
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