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Agência Senado
Defesa pede adiamento do depoimento para ter acesso aos documentos da comissão
BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello deve
decidir nesta segunda-feira pedido de habeas corpus para adiar o depoimento do
contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, amanhã na CPI que
apura as relações do bicheiro com políticos e empresas. A defesa argumenta que
Cachoeira não pode prestar depoimento antes de ter acesso aos documentos da
comissão. O advogado do contraventor, Márcio Thomaz Bastos, disse que Cachoeira
poderá permanecer em silêncio durante o depoimento.
Para o depoimento de Cachoeira, o Senado preparou esquema especial de
segurança e de acesso dos órgãos de imprensa à Casa. O contraventor vai entrar
no Senado pelo subsolo, por meio de uma entrada de uso restrito. Ele não ficará
algemado durante a sessão, mas não vai prestar depoimento na mesa onde fica o
presidente da CPI, como é de costume. O contraventor ficará em uma cadeira ao
lado, mais afastado dos parlamentares. O depoimento está previsto para ser
aberto a imprensa, ao contrário das primeiras sessões da CPO, quando os
delegados da Polícia Federal falaram sobre as investigações.
Os jornalistas credenciados para cobrir o depoimento deverão obter o adesivo
especial distribuído pela Polícia Legislativa. O acesso à sala do depoimento só
será feito com o adesivo, inclusive para assessores, um para cada bancada
partidária da Câmara e do Senado.
Os que não conseguirem acesso à Sala 2, onde se dará o depoimento à CPI,
poderão acompanhá-lo por meio de um telão instalado na Sala 3, da Ala Nilo
Coelho, que também terá um sistema de áudio direto.
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