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POR O GLOBO / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Sete estudantes estão entre as vítimas
Afegão ferido em ataque a universidade recebe tratamentos no hospital de Cabul - OMAR SOBHANI / REUTERS
CABUL — Doze pessoas, incluindo sete estudantes, foram mortos em um ataque na Universidade Americana de Cabul, informou a polícia afegã nesta quinta-feira.
Tiros esporádicos podiam ser ouvidos durante a noite de quarta-feira e antes do amanhecer. Segundo a polícia, a operação foi concluída após a morte de pelo menos dois homens armados.
Chefe de polícia de Cabul, Abdul Rahman Rahimi disse que sete alunos, três policiais e dois guardas de segurança foram mortos, no segundo incidente envolvendo a universidade este mês.
O ataque começou por volta das 18h30 (horário local) na quarta-feira com uma forte explosão que as autoridades disseram ter sido provocada por um carro-bomba, seguida de tiros.
Os agentes isolaram a área ao redor da univerisade durante o ataque e esperaram por horas antes de invadir o local e trocar tiros com os terroristas.
Estudantes caminham até a polícia após serem resgatados de ataque na Universidade Americana do Afeganistão, em Cabul - MOHAMMAD ISMAIL / REUTERS
Um homem de Uganda está entre os feridos, de acordo com uma lista no hospital de emergência de Cabul.
Nenhum grupo assumiu a autoria da ação, mas fontes locais suspeitam de um ataque do grupo fundamentalista Talibã.
Fraidoon Obaidi, chefe do Departamento de Investigação Criminal da polícia de Cabul, disse que a polícia havia retirado entre 700 e 750 estudantes da Universidade, que é popular entre os filhos da elite do Afeganistão.
O presidente, Ashraf Ghani, chamou o ataque de "uma tentativa covarde de impedir o progresso e o desenvolvimento do Afeganistão".
FUNCIONÁRIOS SEQUESTRADOS
Foi a segunda vez neste mês que a universidade ou seus funcionários foram alvos. Dois professores, um americano e um australiano, foram sequestrados por homens armados em uma estrada perto do campus em 7 de agosto. Eles continuam desaparecidos.
Grupos militantes islâmicos, principalmente o Talibã afegão e uma ramificação local do Estado Islâmico (EI), reivindicaram uma série de ataques recentes que visa a desestabilizar o Afeganistão e derrubar o governo apoiado pelo Ocidente de Ghani.
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