Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
A confissão é do próprio Lula, em entrevista na
semana passada ao jornal The New York Times : "Não é fácil saber como
agir no papel de ex-presidente". Por esta razão, não saber ficar fora do varejo
da política e também por exigências do PT e outros aliados que têm nele o mais
espetacular e eficiente cabo eleitoral, Lula está se metendo na campanha
eleitoral mais do que a prudência - a política, não a médica - aconselham.
Envolvido em picuinhas e filustrias como está, Lula corre o risco de sair das
eleições menor do que entrou, principalmente se algumas de suas apostas, como em
São Paulo, Recife e Belo Horizonte, derem errado. Político de grande faro, não
dá para entender como Lula, mesmo em solidariedade aos amigos e companheiros, se
envolveu com tanto ardor nas eleições. Há, porém, quem entenda que o
ex-presidente age assim porque sente necessidade de reafirmar sua ascendência
sobre a aliança governista, em parte ameaçada pela ascensão de Dilma. Lula se
acostumou com o papel de prima donna da companhia e não aceita cedê-lo a
quem quer que seja. Não se pense que na aliança governista, apesar (ou em que
pesem elas) das afirmações de Lula, o jogo de 2014 já esteja jogado.
Fim de uma parceria ?
Dependendo do crescimento geral do PSB e,
principalmente se ele vencer as eleições em Belo Horizonte e em Recife, será
impossível manter a aliança já longeva entre ele e o PT. As mágoas estão
pesadas.
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