Do estadão.com.br
O empresário Walter Paulo Santiago, proprietário da Faculdade Padrão, que diz
ser o comprador da casa do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB),
apresentou versão diferente da apresentada pelo governador para a transação da
compra. O empresário é uma das testemunhas a serem ouvidas pela CPI do Cachoeira
nesta terça-feira, 5. A sessão já dura três horas.
O governador Perillo vinha informando ter recebido três cheques, que
totalizavam R$ 1,4 milhão, pelo negócio. Os cheques pertenceriam a um parente de
Carlinhos Cachoeira. A prisão do contraventor, em fevereiro deste ano, ocorreu
nesse imóvel.
Em seu depoimento à CPI, no entanto, o empresário disse ter pago o imóvel em
dinheiro, em notas de R$ 50 e R$ 100. A transação foi intermediada por Lucio
Fiuza, que se apresentou como representante do governador, e Wladimir Garcez,
que teria atuado como corretor. “Reafirmo que em momento algum estive em contato
com o governador para negociar o imóvel”, disse o empresário, acrescentando que
não tem o “hábito de trabalhar com cheques”. O imóvel está registrado em nome da
empresa Mestra, administrada pelo empresário.
O processo de compra começou em fevereiro de 2011, quando manifestou
interesse pelo imóvel, mas o pagamento ocorreu em julho desse ano. Segundo ele,
a pedido de Wladimir Garcez, a entrega da casa foi adiada e só ocorreu em março
deste ano. Garcez é apontado pela Polícia Federal como braço direito de
Cachoeira.
Depoimentos. Os membros da CPI do Cachoeira tentarão ouvir
nesta sessão também outras duas testemunhas ligadas ao governador de Goiás.
Ex-chefe de gabinete do governador Eliane Gonçalvez Pinheiro, também convocada,
não compareceu à sessão por motivos de
saúde. Restarão então Sejana Martins, proprietária da empresa Mestra
Administrações e Participações, e e Écio Antônio Ribeiro, o único sócio
remanescente da empresa. A Mestra consta, em cartório, como a proprietária da
casa do governador.
Comentários:
Postar um comentário