Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
O partido de Sarney, Temer, Jucá, Henrique Alves e
Renan viu os movimentos para a convocação da CPI com um sorriso maroto e com
aquele ar blasé de quem não tem nada com os fatos e estava esperando o
circo incendiar-se para cobrar alto pelos serviços de bombeiro para controlar a
crise que, ao gosto peemedebista, engolfaria a oposição e o PT e pelo menos
parte de gente do governo, com Lula e Dilma. O PMDB de tantas batalhas inglórias
sentia-se desta vez nas nuvens. Mandou até um segundo time para a CPI. Errou o
cálculo quando na liça entrou o volúvel governador do Rio, Sérgio Cabral, amigo
de fé e irmão camarada de Fernando Cavendish e da empreiteira Delta. Sérgio
Cabral nunca foi da cozinha dos caciques peemedebistas, era mais lulista que
tudo - e até ousou, em suprema audácia, insinuar-se para uma vice-presidência de
Dilma em 2014. Mas o comando do PMDB, mesmo a contragosto, não pode jogar Cabral
aos leões - respingaria no partido, cujo currículo nesse campo nunca foi dos
melhores. O PMDB já mergulhou na CPI, agora não mais como um simples e isento
observador. O momento de "vestal" ao modo Demóstenes Torres dos peemedebistas
durou muito pouco.
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