Da FOLHA.COM
LEANDRO COLON / GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Na tentativa de escapar da cassação, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO)
vai dizer amanhã ao Conselho de Ética do Senado, onde responde a processo por
quebra do decoro parlamentar, que não faltou com a verdade em discurso no
plenário feito no dia 6 de março.
Na ocasião, Demóstenes negou conhecer os negócios de Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, ou ter atuado em seu favor.
Será sua primeira manifestação oficial depois da divulgação de gravações da
Operação Monte Carlo em que aparece em conversas com Cachoeira. Demóstenes
deverá fazer uma apresentação sobre sua atuação como senador.
Depois, pretende rebater os pontos do relatório de Humberto Costa (PT-PE),
que pediu a abertura do processo de cassação.
Depois do discurso no plenário, foram reveladas gravações feitas pela PF em
que Demóstenes atua em favor de Cachoeira no Congresso e em órgãos públicos.
No parecer, Costa o acusou de obter "vantagem indevida" por ter recebido
presentes de casamento e um rádio de Cachoeira. Demóstenes pretende repetir a
versão dos advogados de que as escutas deveriam ter tido o aval do STF, onde os
senadores têm foro privilegiado.
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