Da FOLHA.COM
DA FRANCE PRESSE, EM BERLIM
A chefe do governo alemão, Angela Merkel, reiterou
nesta quinta-feira sua rejeição a um crescimento impulsionado pelo endividamento
e considerou que esta política "nos levaria novamente ao início da crise", em um
discurso perante o Parlamento alemão.
"Um crescimento através de reformas estruturais é importante e necessário
(...). Um crescimento de modo precário nos levaria novamente ao início da crise.
Não queremos isso, não faremos isso", declarou a chanceler, aplaudida pelo
Bundestag.
Em seu discurso perante a câmara baixa do Parlamento, expôs a postura da
Alemanha antes da cúpula do G8 nos Estados Unidos nos dias 18 e 19 de maio e
ressaltou que a crise na zona do euro ocupará um lugar importante.
Considerou que a cúpula analisará "as próximas medidas" para a consolidação
das finanças públicas, assim como "medidas de crescimento" atualmente examinadas
na Europa. São estes "os dois pilares de nossa estratégia" de luta contra a
crise, insistiu.
A chanceler considerou essencial que todos aceitem a ideia de que "a saída
para a crise será um longo processo" e que é preciso atacar os problemas
essenciais de alguns países europeus, "um endividamento catastrófico" e "uma
falta de competitividade", segundo ela.
Solucionar estes problemas "não será feito de um dia para o outro", disse.
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