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Na Europa, Bolsas caíram com preocupações sobre a Espanha. Na Grécia, partido favorável à permanência no euro lidera pesquisa de intenções de voto
SÃO PAULO - O clima mais calmo entre os investidores no exterior e no mercado
doméstico mantém o dólar em queda frente ao real nesta segunda-feira. Por volta
de 13h22m, a moeda americana operava com desvalorização de 0,75%, cotada a R$
1,978 na compra e R$ 1,980 na venda. Na máxima do dia, o dólar operou a R$ 1,983
e na mínima a R$ 1,971. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São
Paulo (Bovespa), sobe e por volta de 13h22m se valorizava 1,80% aos 55.442
pontos.
Nos EUA, com o feriado do Memorial Day, dia que relembra as vidas perdidas em
combate pelo país, as Bolsas não abrem. No Brasil, isso deve se refletir em
menor volume de negociações. Na Europa, as Bolsas fecharam em queda, mesmo com
notícias mais positivas sobre a Grécia. Dsta vez, é a espanha quem preocupa
mais.
No pregão brasileiro, as units do Santander sobem 3,03%, a R$ 16,28, com
a possibilidade do Bradesco comprar a operação brasileira do banco espanhol.
Já os papéis do Bradesco se desvalorizam 0,80% cotados a R$ 28,44.
E a fusão entre
as empresas aéreas Azul e Trip não traz reflexos negativos às ações da Gol e
da TAM, as duas maiores empresas do setor no país. Os papéis PN da Gol sobem
2,24% a R$ 8,68, enquanto as ações da TAM ganham 1,86% a R$ 42,29. O desempenho
das ações das duas companhias reflete o aumento
da demanda por passagens aéreas em abril, com crescimento de 5,3%.
Diante da pressão sobre o dólar no mercado doméstico - que chegou a bater em
R$ 2,10 na semana passada - o Banco Central mudou sua postura e passou a vender
contratos de swap cambial, o que equivale a oferecer moeda americana no mercado
futuro. O BC vinha fazendo movimento inverso e comprando dólar no mercado
futuro, com o objetivo de levar o dólar mais próximo de R$ 2. O agravamento da
crise externa fez a moeda ultrapassar esse patamar, o que poderia causar alta de
preços. Com a mudança de estratégia do BC, o dólar encerrou a semana passada com
queda de 1,19%. No mês, a valorização da moeda americana é de 4,6% e, no ano,
para 6,74%.
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Na Europa, as principais bolsas de valores operaram em alta, pela manhã, mas
inverteram a tendência e fecharam em queda. O índice Dax, da Bolsa de Frankfurt,
caiu 0,26%; o Cac, da Bolsa de Paris, se desvalorizou 0,16% e o FTSE, do pregão
de Londres, ganhou 0,09%. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, caiu 2,17%.
O pregão espanhol refletiu a desconfiança dos investidores sobre a capacidade
do país se financiar no mercado. O juro exigido pelos investidores dos títulos
espanhois chegou perto de 7%, um patamar insustentável. Há preocupação também em
relação à saúde dos bancos e o governo espanhol pode pedir ajuda à União
Europeia para socorrê-los. O resgate do Bankia, a terceira maior instituição do
país traz mais incertzas. Na sexta, o Bankia anunciou que precisará de mais 19
bilhões de euros em dinheiro público para sanear seu balanço. E o governo
espanhol terá que pagar a conta de governos regionais insolventes, como o da
Catalunha.
Segundo analistas, o resultado da pesquisa opinião sobre as próximas eleições
na Grécia animou os investidores no início do pregão. O partido Nova Democracia,
a favor de cortes de gastos e favorável à manutenção do país na zona do euro,
está à frente das pesquisas. Mas ainda há o risco de a Grécia ficar sem dinheiro
até o final de junho se o repasse dos fundos de resgate internacionais for
cancelado depois das eleições.
Também na Irlanda, as pesquisas apontam que a população apoia o Tratado
Fiscal Europeu assinado em março pelos 25 membros da EU, em consulta realizada.
Mas o tratado está sendo questionado pelo novo presidente francês François
Hollande, que pde mais medidas de estímulo às economias da região.
Na Ásia, as Bolsas fecharam em alta nesta segunda-feira, com a expectativa de
que o governo chinês vai adotar mais medidas para estimular a economia, entre
elas a possibilidade de abertura ao capital privado de setores, como saúde e
transportes, até então dominados estritamente pelo Estado. Empresas estatais
poderão receber mais investimentos privado.
Também uma análise do banco Credit Suisse reforçou a expectativa de que o
governo chinês poderá gastar algo entre 1 a 2 trilhões de yuans em obras de
infraestrutura - entre 160 e 320 bilhões de dólares.
O índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, fechou com alta de 0,47%. O Xangai
Composto fechou com alta de 1,19%. No Japão, o índice Nikkei, da Bolsa de
Tóquio, avançou 0,15% e na Coreia do Sul, a bolsa não abriu devido a um feriado
no país.
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