Do BAHIA NOTÍCIAS
A nota-comentário publicada por Ricardo Luzbel, abaixo, comparando a tendência do novo carnaval do Rio de Janeiro fora do circuito do Sambódromo, é absolutamente consequente e procedente. O carnaval de lá cresce na Zona Sul, aberto, sem os abadás caríssimos, sem patrocinadores, com bandinhas e fantasias, fora da mesmice de Salvador. Aqui, continua igual, com pequenas mudanças. São todas assemelhadas. De longe, mais parecem um rio branco composto por quem pode adquirir os tais abadás. A população negra, esmagadora maioria, fica restrita aos seus blocos, com uma espécie de apartheid estranho, com notada segregação. Além de cotovelados pelos cordeiros para ficar distantes. Como também é observado no carnaval dos camarotes, da "elegância do dinheiro", com as presenças das tais celebridades. Enfim, o carnaval da Bahia é uma espécie de Amazonas que atravessa o Rio Negro sem que as águas se misturem. O governo do Rio está transformando a sua festa, deixando as Escolas de Samba para a criatividade das favelas, para os dias dos desfiles nascidos nas criatividades dos seus grandes carnavalescos, impulsionado, também, pela Rede Globo. Se a festa baiana não sofrer transformações, isto aqui cansa, acaba, porque há sinais evidentes de que isso já acontece. E tome-lhe mijo, tome-lhe sujeira na fedentina das ruas. Assim, os turistas virão no verão para as festas promovidas à base de vendas de camisas e o turista irá prefeir o carnaval aberto do Rio de Janeiro. Sem se falar na desorganização que se observa. (Samuel Celestino)
A nota-comentário publicada por Ricardo Luzbel, abaixo, comparando a tendência do novo carnaval do Rio de Janeiro fora do circuito do Sambódromo, é absolutamente consequente e procedente. O carnaval de lá cresce na Zona Sul, aberto, sem os abadás caríssimos, sem patrocinadores, com bandinhas e fantasias, fora da mesmice de Salvador. Aqui, continua igual, com pequenas mudanças. São todas assemelhadas. De longe, mais parecem um rio branco composto por quem pode adquirir os tais abadás. A população negra, esmagadora maioria, fica restrita aos seus blocos, com uma espécie de apartheid estranho, com notada segregação. Além de cotovelados pelos cordeiros para ficar distantes. Como também é observado no carnaval dos camarotes, da "elegância do dinheiro", com as presenças das tais celebridades. Enfim, o carnaval da Bahia é uma espécie de Amazonas que atravessa o Rio Negro sem que as águas se misturem. O governo do Rio está transformando a sua festa, deixando as Escolas de Samba para a criatividade das favelas, para os dias dos desfiles nascidos nas criatividades dos seus grandes carnavalescos, impulsionado, também, pela Rede Globo. Se a festa baiana não sofrer transformações, isto aqui cansa, acaba, porque há sinais evidentes de que isso já acontece. E tome-lhe mijo, tome-lhe sujeira na fedentina das ruas. Assim, os turistas virão no verão para as festas promovidas à base de vendas de camisas e o turista irá prefeir o carnaval aberto do Rio de Janeiro. Sem se falar na desorganização que se observa. (Samuel Celestino)
Comentários:
Postar um comentário