Da FOLHA.COM
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Promotoria de Lille, na França, arquivou nesta terça-feira uma investigação
preliminar contra ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional),
Dominique Strauss-Kahn, em que é acusado de estupro.
O inquérito era baseado no depoimento de uma jovem participante de festas
secretas organizadas em um hotel de Washington em 2010 e das quais supostamente
participou o ex-diretor do fundo.
Ourrak Abdsamiaa/AFP | ||
Strauss-Kahn no Marrocos, no último dia 21; acusação de estupro contra ele é arquivada na França |
Porém, a jovem posteriormente voltou atrás e qualificou os fatos de simples
"jogo sexual" e, por isso, o promotor decidiu fechar o caso.
O processo foi aberto em 21 de maio, depois que os juízes que instruem o
chamado caso Carlton, que investiga uma suposta rede de prostituição ao redor
dos hotéis Carlton e Des Tours em Lille, lhe passassem o testemunho dessa jovem.
Em suas declarações perante policiais franceses e investigadores belgas, a
jovem, conhecida como Marion e chamada de Marie-Anne S., havia assegurado que
não queria um segundo encontro com Strauss-Kahn, embora não tivesse gritado para
recusar a relação.
Segundo seu relato, um dos amigos do ex-dirigente, David Roquet, pegou suas
mãos para impedir que resistisse, mas a jovem se recusou a apresentar uma
denúncia por considerar que o fato não teria acontecido se ela não fosse uma
"acompanhante".
CONFIRMAÇÃO
A Promotoria queria confirmar essas alegações de violência antes de decidir
se arquivaria a investigação ou a repassaria a um juiz de instrução.
No entanto, optou pela primeira opção depois que a menina esclareceu que,
apesar de ter negado em um primeiro momento voltar a ter relações sexuais com o
ex-chefe do FMI, acabou aceitando.
O jornal lembra que esta decisão não influencia no avanço da instrução
empreendida pelos juízes no caso Carlton, no qual o Tribunal de Apelação de Duai
decidirá no próximo dia 28 de novembro se aceita o pedido de Strauss-Kahn para
anular o procedimento.
Nesse caso, no qual é acusado de promover a prostituição, se investiga também
se houve desvio de fundos, fraude e lavagem de dinheiro na organização dessas
festas nas quais reconheceu ter participado, mas ignorando, segundo ele, que
havia prostitutas.
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