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Na Europa, Bolsas operam em alta, mas perderam um pouco o fôlego após leilão de títulos da Espanha
Na Europa, Bolsas operam em alta, mas perderam um pouco o fôlego após leilão de títulos da Espanha
SÃO PAULO - O dólar comercial abriu os negócios desta terça-feira em queda,
mas inverteu o sinal e passou a operar em alta. Por volta de 10h06m, a moeda
americana se valorizava 0,19% cotada a R$ 2,048 na compra e R$ 2,050 na venda.
Na contramão dos mercados europeus, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de
Valores de São Paulo (Bovespa), abriu em queda e às 10h06m operava em queda de
0,40% aos 56.365 pontos. Na segunda, o Ibovespa fechou com alta de 3,81%, quase
zerando as perdas no ano. A queda acumulada até agora é de 0,29%.
Na segunda, o dólar fechou em alta de 1,33% cotado a R$ 2,044 na compra e R$
2,046 na venda. No mês, a moeda americana tem valorização de 7,30% e no ano, a
alta é de 9,52%.
- Na minha avaliação, a alta do dólar reflete o jogo artificial entre players
do mercado, não correspondendo ao ambiente macro. Por isso, acredito que ele
deve ceder rapidamente. Espero mais intervenção do Banco Central via swap
cambial no curto prazo - avalia o economista Darwin Dib, da CM Capital
Markets.
Na Europa, as Bolsas operam em alta, mas perderam força após um leilão de
títulos da Espanha, em que os invetsidores exigiram taxa de juro mais alta do
que na venda anterior. Também o
rebaixamento do rating do Japão pela agência de classificação de risco Fitch
pesa na agenda dos investidores. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, sobe 1,01%; o
Dax, da Bolsa de Frankfurt, se valoriza 1,22%; o Cac, da Bolsa de Paris, tem
ganho de 1,27% e o FTSE, do pregão de Londres, sobe 1,33%.
A Espanha vendeu 2,526 bilhõesde euros em títulos de três e seis meses, com
yields (retorno ao investidor) maiores do que no leilão realizado há um mês. A
Fitch cortou o rating do Japão para A+, com perspectiva negativa. A agência
informou que o rebaixamento reflete os crescentes riscos para o perfil de
crédito soberano do Japão, resultado da alta e crescente dívida pública. A
dívida do país, em 200% do Produto Interno Bruto (PIB) anual, é a maior do
mundo.
- O rebaixamento da nota japonesa por parte da Fitch demonstra que,
novamente, as agências de classificação de risco possuem um timing muito ruim
para analisar e divulgar o resultado destas avaliações - diz relatório da
corretora Cruzeiro do Sul.
Os investidores aguardam a reunião de líderes da União Europeia, nesta
quarta. Há expectativa de que sejam anunciadas medidas de estímulo ao setor
bancário da região e também em relação à Grécia. O mercado aguarda o
posicionamento de França e Alemanha que têm visões diferentes sobre como
estimular a economia para criar empregos e aumentar a competitividade.
A imprensa chinesa informa que o governo quer acelerar a aprovação de
projetos de infraestrutura, bem como agilizar a alocação de fundos destinados à
construção – tudo isso para aquecer a demanda agregada.
Isso fez as Bolsas asiáticas fecharem em alta, antes da Fitch rebaixar o
rating do Japão. No Japão, o índice Nikkei apresentou alta de 1,10%, a 8.729
pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Seul, fechou com avanço de
1,64% a 1.828 pontos. Na China, o índice Xangai Composto apresentou alta de
1,07%, a 2.373 pontos enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, fechou com avanço de
0,62%, a 19.039 pontos.
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